Escrevi este livro para Aleph, meu primeiro filho.
A imagem do caçador de mariposas nasceu quando na noite de São João de 2011 estávamos na praça central de Pesqueira e um bêbado se aproximou. Aleph corria atrás de mariposas que voavam pela praça, atraídas pela luz dos postes. Ele balançava as mãos a seu modo. O bêbado perguntou: “Ele é doidinho, né?”
Aleph é autista.
No momento fiquei irritado com a pergunta do homem. Mas logo olhei para meu filho, que continuava caçando mariposas e percebi que não fazia a menor diferença. Que em seu mundo sempre seria primavera.
O livro então é um poema longo que se transforma em uma conversa entre mim e a voz que inventei para Aleph me dizer umas verdades.
7 de agosto (2013)
Poesia