A vida que você leva é falsa. Mas somente as melhores partes. As piores você vive todos os dias, como Ademir, para quem a felicidade talvez seja como uma perna falsa, ele mesmo lidando com corpos protéticos, homens e mulheres menos que homens menos que mulheres. Mas os nomes e personagens deste livro são verdadeiros. Todos são endocruzados, impuros e sujos. Todos [nós] carne da própria carne, da realidade filha da arte, da arte filha da dor. Talvez Ademir pense assim enquanto trabalha, ele e seus pensamentos de planície, de uma cidade plana. Algumas pessoas têm de morrer: nisso consiste a felicidade, ou a lógica das guerras sacrossantas.