A partir de 2010 o ENEM cobrará Língua Estrangeira (Inglês e Espanhol). A grande pergunta é: como será cobrado o conhecimento dessas línguas?

Não se sabe ainda se serão cobradas as duas línguas ou se será oferecida a escolha. A ata da audiência pública realizada pelo INEP em maio de 2009 dá a entender que serão duas obrigatórias (veja a resposta à questão 3 aqui). De uma forma ou de outra, temos poucos sinais do que será cobrado em cada uma delas.

Sabemos, por exemplo, quais serão as habilidades cobradas, pois isso já aparece na Matriz de Referência de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias (link aqui). Mas o INEP ainda não divulgou quais serão os objetos de estudo (conteúdos) que comporão a matriz de Língua Estrangeira Moderna (LEM). Como os alunos podem se preparar, então? Até a saída do conteúdo, prevista pro primeiro semestre de 2010, é possível ter uma noção de como serão elaboradas as matrizes de LEM se dermos uma olhada nos documentos da prova em que se baseia o ENEM: o ENCCEJA.

No ENCCEJA não se cobra LEM no Ensino Médio – motivo aliás que foi usado pelo INEP para não cobrar a matéria em 2009. Mas no Ensino Fundamental, sim. Podemos observar quais são as habilidades cobradas em LEM. Veja:

F2 – Construir um conhecimento sobre a
organização de um texto em LEM e
aplicá-lo em diferentes situações de
comunicação, tendo por base os
conhecimentos de língua materna.

F2 – Construir um conhecimento sobre a organização de um texto em LEM e aplicá-lo em diferentes situações de comunicação, tendo por base os conhecimentos de língua materna.

H4 – Identificar recursos verbais e não-verbais na organização de um texto em LEM.

H5 – Indicar a função de um texto em LEM pela interpretação de elementos da sua organização.

H7- Reconhecer os valores culturais representados por outras línguas na língua portuguesa.

Claro que esta matriz é do Ensino Fundamental, mas nos dá um panorama do que pode ser cobrado no Ensino Médio. Se comparamos com as habilidades na atual matriz do ENEM, vemos que as do ENCCEJA são mais realistas possíveis de serem cobradas do que as do ENEM, muito vagas e feitas como algo de ‘última hora’, pra cumprir tabela.

Mais adiante discutiremos como essas habilidades podem se transformar em objetos de estudo (conteúdos) e, finalmente, em questões.

Sem comentários

Comente