Nos anos 1990 eu investi na pintura, cheguei a frequentar um ateliê. Uma das coisas que aprendi é o cuidado com os materiais. Limpar pincéis, selar a paleta com linhaça etc. Mas o principal: cada quadro exige um conjunto de materiais. Cabe ao artista escolher os que lhe servem a cada trabalho.
Gosto de máquinas de escrever (já viram minha Everest Mod90 em postagens anteriores?). O primeiro rascunho à máquina funciona porque o papel te impõe ritmo e responsabilidade, duas coisas que a dispersão da tela normalmente nos roubam (o último vídeo desta postagem mostra algumas páginas de rascunho datilografadas), mas a máquina não é meu único instrumento de trabalho para escrever.
Sempre levo caderninhos para notas rápidas. Um eu chamo de “Bricolagem”, para anotar ideias soltas ou imagens que podem virar literatura. Também tenho um caderno-conceito, para o livro em que trabalho (pode-se ver o do novo romance na segunda imagem desta postagem).
DIgitalizo o rascunho e converto em OCR com o CamScanner, para editar com processadores de texto. Normalmente uso o Scrivener na fase do rascunho geral: ele permite muito controle das fontes de pesquisa e referências, deixando tudo no mesmo lugar, além de facilitar o estabelecimento de metas e a organização dos capítulos de forma muito visual.
Às vezes, uso a parede e as fichas de papel (veja as que uso na imagem da capa desta postagem). Aqui em Penedo, onde vim participar de um festival, a parede do hotel está repleta dessas fichas. Depois compartilho.
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