Ao anunciar que publicaria por aqui no Brasil o livro-manifesto de Hitler, a Edipro disse ao PublishNews que foi bombardeada por questionamento de seus leitores. A principal queixa era sobre o fato de publicarem aqui uma edição “seca”, sem comentários críticos e com uma tradução antiga, realizada por Julio de Matos Ibiapina (1890 – 1947) nos anos 1930. Em nota enviada à redação do PN em primeira mão, a editora diz que o a obra “poderia ser mal entendida pelo público leitor, tendo consequências maléficas a todos aqueles que tiveram seus direitos humanos desqualificados ou vilipendiados, além de poder reacender sentimentos de ódio ou discórdia”.
No entanto, uma edição da íntegra do livro já está a disposição em algumas livrarias e a Geração Editorial mantém os seus planos de publicar por aqui o livro. Isso fez parte da comunidade judaica se movimentar no sentido de proibir a publicação e circulação de Mein kampf no Brasil. Paulo Maltz, presidente da Federação Israelista do Rio de Janeiro (Fierj) e vice-presidente da Confederação Israelita Brasileira (Conib), disse ao braço brasileiro do periódico alemão Deutsch Welle que entrará na Justiça contra a decisão das editoras. “Existe no Brasil uma legislação que veda a divulgação de temas racistas e antissemitas. Estamos estudando maneiras de garantir isso’’, diz. Contudo, mesmo entre os líderes judeus, opiniões diversas acerca da distribuição da obra apareceram. Osias Wurman, cônsul de Israel no Brasil, declarou: “por incrível que pareça, sou absolutamente a favor de uma edição comentada, didática, capaz de acabar com a ignorância mundial sobre os males do nazismo para os judeus, o mundo e os próprios alemães”.
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Fonte: Publishnews
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