O que pode virar um clássico?

O professor Anco Márcio Tenório, da Universidade Federal de Pernambuco, citou meu trabalho em recente matéria a um jornal. O texto do jornalista Fellipe Torres fazia uma ponte entre a copa de 1950 e os livros lançados neste ano que ficaram para a posteridade. O professor cita os nomes de autores que ele considerava que daqui a 64 ainda teriam o trabalho repercutido. Estamos eu, Cristhiano Aguiar, Jonatas Onofre, Camilo José e José Luiz Passos.

O jornalista também me fez a mesma pergunta, mas saí pela tangente: realmente é muito difícil apontar que livros serão lembrados daqui a tanto tempo. Entre outras coisas, respondi que esses livros basilares normalmente estão à frente de seu tempo. Ou seja, se essa pergunta tivesse sido feita em 1950, provavelmente os livros que estavam na lista do jornalista (como Eu, Robô, de Asimov), não estariam entre os citados. Talvez por respostas como a minha, a chamada para a versão digital da matéria foi meio infeliz. Algo dizendo que no que diz respeito à Copa de 1950, os lançamentos de 2014 perdem feio. Como disse, o problema é o distanciamento necessário para identificar esses livros que transpõem a barreira do tempo, só isso.

Mesmo assim, entrar no radar de uma sumidade como o professor Anco Márcio é uma honra. Honra e responsabilidade, claro. Abaixo, um print da página da matéria, publicada no dia 6 de julho de 2014.

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