Hoje lanço finalmente o livro que escrevi para meu primeiro filho, Aleph. Faço uma leitura aberta com Cida Pedrosa, que quando leu os primeiros versos do poema me confessou que queria muito ler no lançamento. Acho que será um momento muito especial e estou ansioso para que chegue logo a hora.
Como já disse em outras ocasiões, foi um livro muito difícil de escrever, pela complexidade de lidar com os sentimentos e por implicar um cuidado redobrado com a linguagem, principalmente na descoberta do tom adequado, de modo a fugir de qualquer falseio lírico. Ao mesmo tempo tinha muito medo de que o resultado fosse piegas ou meloso, o que acho que consegui evitar.
Ele talvez não esteja no lançamento de hoje. Está gripado e a mãe também acredita que o ambiente não é favorável, que talvez fique agitado. Eu queria encontrar seu olhar vez em quando durante a leitura, vê-lo correndo de um lado a outro, mas entendo a preocupação dela. É preciso entender o universo dos outros. Esse livro, aliás, trata exatamente disso.
Dois amigos de selos cartoneiros pediram autorização para traduzir o texto para o francês e o espanhol, o que me deixou muito feliz ao perceber que o livro toca independente da barreira da língua. Espero que possa circular e que esse presente que é Aleph para mim possa ser espalhado pelo mundo.
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