A Delmo Montenegro
parir palavras mortas é o barato dessa nossa nova bossa o dia envenenado e a tarde uma amante velha que se abandona meninos passeiam felizes acorrentados a holofotes no teatro os bonecos lamentam à meia luz a voz que nunca tiveram mas seria o afã dos bonecos mais aterrador que o pânico sólido do ventríloquo que esmagado pelo desejo das marionetes esqueceu em alguma gaveta a sua voz primeira
2 Comentários
Bianca
Postado às 15:28h, 07 fevereiroPreciso dizer que estou arrepiada?
Wellington de Melo
Postado às 18:12h, 07 fevereiroAh, poxa, obrigado. Esse poema vai estar na edição de março do suplemento Pernambuco.